O que é nicho Black?

Nichos Black no Marketing Digital: Uma Exploração da Ilegalidade Online

No vasto mundo do marketing digital, existem segmentos que operam à margem da legalidade e ética — os chamados “nichos black”. Esses nichos englobam a venda de produtos falsificados ou ilegais, ferramentas de hacking, pirataria e outros itens que violam a lei ou podem causar danos aos usuários. Mesmo com esforços significativos das plataformas digitais para inibir essas práticas, tais produtos e serviços ainda são facilmente disseminados pela internet.

O Que São Nichos Black?

Os nichos black são frequentemente comparados à Deep Web do marketing, onde práticas ilegais se escondem nas sombras do comércio online. Conversando com o professor Wesley Moreira Pinheiro, especialista em inteligência de dados e marketing, obtivemos uma visão detalhada de como essas atividades são conduzidas:

“Em tese, esses produtos violam direitos autorais e podem causar danos ao usuário, como roubo de dados ou a indução à compra de produtos falsificados”, afirma Pinheiro.

Mesmo com rígidas políticas das plataformas digitais, ainda é possível encontrar exemplos de anúncios de produtos ilegais no **Google** e no **Instagram**, destacando a complexidade e a escala desse problema.

Exemplos de Nichos Black

Alguns exemplos notórios de produtos e estratégias ilegais nos nichos black incluem:

1. Cambistas e ingressos falsos: Com a onda de shows de artistas estrangeiros no Brasil, a venda ilegal de ingressos tornou-se comum. As empresas promotoras de eventos são as únicas autorizadas a vender ingressos, mas os cambistas atuam ilegalmente, muitas vezes vendendo ingressos falsos e prejudicando os consumidores.

2. Pirataria acadêmica: Plataformas como o Sci-Hub oferecem downloads gratuitos de artigos científicos que, de outra forma, são vendidos a preços elevados. Essa prática viola direitos autorais e infringe as políticas de muitas revistas científicas.

3. Anúncios de falsificações: No Instagram, por exemplo, é comum ver anúncios de lojas que vendem produtos falsificados. Um caso citado envolve os tênis da marca “tal”, cujos preços legítimos podem chegar a R$ 2000, enquanto falsificações são vendidas por menos de R$ 200.

4. Remédios milagrosos e serviços fraudulentos: Produtos que prometem emagrecimento rápido e sem esforço, mas que não funcionam ou, pior, são prejudiciais à saúde. Além disso, anúncios de viagens inexistentes e acomodações falsas em plataformas como o Airbnb estão entre as armadilhas para os consumidores.

Como Funcionam os Nichos Black?

A existência desses nichos se deve, em grande parte, à demanda por produtos mais baratos ou de acesso facilitado. Em 2020, cerca de 33,5% dos brasileiros com acesso à internet consumiram algum tipo de pirataria, colocando o Brasil como o quinto país no mundo em acesso a produtos piratas. Essa demanda é alimentada por usuários que procuram evitar os altos custos de licenças ou produtos originais.

Por Que Pouco se Fala Sobre os Nichos Black?

Uma das razões pelas quais os nichos black não são amplamente discutidos é porque esse tipo de conteúdo gera tráfego e engajamento — aspectos que beneficiam as grandes empresas de tecnologia como o Google e o Meta (antigo Facebook). Essas empresas acabam lucrando indiretamente com a publicidade e o tráfego gerado por esses conteúdos, o que dificulta a erradicação completa dos nichos black.

Em fim…

Os nichos black representam um problema significativo no marketing digital, afetando tanto consumidores quanto empresas legítimas. Apesar dos esforços para regular e controlar esses segmentos, a demanda por produtos baratos e de fácil acesso continua a alimentar esse mercado ilícito. É crucial que as plataformas digitais, governos e usuários trabalhem juntos para aumentar a conscientização e combater as práticas ilegais online.

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